Esperar sentado

Uma das coisas que mais detesto é esperar. Não estou falando em 10, 15 ou 20 minutos. Acho que esperar esse tempo faz parte de nossa vida agitada numa cidade cheia de congestionamentos. Mas esperar 45 minutos, uma hora já é demais. E esse é o tempo que costumamos passar, em geral, no consultório médico, aguardando a hora de ser atendida.

Recentemente, troquei de ginecologista porque a média de espera no consultório era de mais de duas horas! Ou seja, a gente não pode ter compromisso depois. Já saí sem ser atendida porque tinha que trabalhar. Sem falar que nova consulta só tinha data para meses depois.

Na semana passada, fui ao consultório de outra ginecologista pela primeira vez. Fiquei preocupada, pois o local estava cheio de gente e nada de ela chegar. Fui ficando ainda mais desesperada porque não paravam de chegar representantes de vendas de laboratórios, com suas maletas gordas, para mostrar seus produtos aos médicos.

Após 40 minutos, a médica chegou, toda esbaforida. Atendeu primeiro uma mulher que acabara de ter neném, que havia ido tirar os pontos da cesárea. A tal mulher saiu tão rápido da sala da ginecologista que nem acreditei. Os pontos foram tirados a jato.

Depois foi minha vez. A médica me fez perguntas de forma tão atropelada que fiquei até tonta. Depois, na hora de me examinar, foi bem, digamos, superficial. Para não dizer meia-boca mesmo. Acho que fiquei cinco minutos sendo atendida! Impressionante como ter convênio médico hoje em dia quase se equipara ao serviço público - ou seja, o atendimento prestado é de péssima qualidade. Se a consulta fosse paga diretamente por mim, aposto que demoraria bem mais...

Não estou generalizando, há médicos que atendem bem mesmo por meio do convênio, mas que é frustrante ser atendido dessa forma, como você fosse apenas um número, isso é.