sábado, 21 de novembro de 2009

Mãe aos 40 e poucos anos (ou quase)

Vocês devem ter percebido ou vivido essa situação: é cada vez maior o número de mulheres que adiam a maternidade e têm seus primeiros filhos perto dos 40 anos ou depois. Eu mesma tive o meu único filho com 36 anos - se isso tivesse ocorrido há umas duas décadas, seria considerada uma "idade avançada" para iniciar a prole. Já deveria estar me tornando avó, até. Mas nos tempos atuais isso está ficando comum.

Bem, uma mulher de 40 anos hoje não é como a mulher de 40 há duas ou três décadas. Naquela época, além de gerarem filhos mais cedo, as mulheres não tinham acesso a tantos recursos - serviços de saúde, por exemplo - e informações como atualmente e, de fato, envelheciam mais rápido. Ainda bem que isso mudou!

No meu caso, adiei a maternidade ao máximo em busca de estabilidade profissional e financeira. E acredito que isso ocorra com a maioria das mulheres que deixaram para ter filhos aos redor dos 40. Tenho várias amigas da minha idade que tiveram filhos recentemente ou ainda vão ter.

Atrizes famosas também geraram filhos (primogênitos ou não) após os 40, como Fernanda Torres (teve Antônio aos 42 anos), Nicole Kidman (sua filha Sunday Rose nasceu quando ela tinha 41 anos) e Halle Berry (deu à luz a menina Nahla também aos 41 anos).

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em 2005 confirma a tendência de aumento do número de mulheres que têm seus filhos pela primeira vez entre 40 e 49 anos, embora, em números absolutos, este grupo ainda seja pequeno. Em 1991, as mães que tiveram o primeiro filho na chamada "meia idade" eram 7.142 (0,67%) e, em 2000, 9.063 (0,79%).

A pesquisa revela ainda que 59,1% das mamães de primeira viagem acima dos 40 tem oito anos ou mais de estudo e 25,7% possuem rendimento mensal familiar de mais de dez salários mínimos. Além disso, 58,8% são economicamente ativas.

Um comentário:

Despretensiosa disse...

Fui mãe aos 42 anos.Não sou hipócrita em afirmar que a tarefa é fácil, mas teria sido mais difícil se fosse aos 20 e poucos...
Imagine que ainda sinto falta dos bate papos em bares, das viagens e tudo que a liberdade nos proporciona.Pelo menos pude viver com intensidade tudo isso até aos 42. Agora remoço na presença do meu filho que precisa que eu me reinvente todos os dias.