quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Infelicidade feminina 2

O texto de Ivan Martins, "Mulheres descartáveis", que citei no post de ontem, faz menção a uma reportagem da própria revista "Época", de 16 de outubro, intitulada "Por que as mulheres são tão tristes". O assunto é um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia, nos EUA, que detectou um acentuado declínio da satisfação feminina nas últimas três décadas. Justamente neste período, ressalta "Época", "cresceram de forma exponencial as oportunidades de trabalho, as possibilidades de educação e, sobretudo, a liberdade da mulher de decidir sobre a própria existência, prática e afetiva".

Segundo a pesquisa, realizada com 1.500 pessoas desde 1972, a cada ano menos mulheres se dizem felizes com a própria vida, enquanto um porcentual cada vez maior de homens afirma estar contente. "Isso acontece com mulheres casadas e solteiras, com e sem filhos, bem ou mal empregadas, brancas ou negras, pobres e ricas. A insatisfação atinge todos os grupos e se torna pior à medida que as mulheres envelhecem", revela o estudo, que destaca uma das possíveis causas para o problema: o acúmulo de velhas tarefas e novas responsabilidades. "É o pesadelo da dupla jornada, física e emocional, que exaure as mulheres e destrói casamentos."

Um outro aspecto angustiante é a extrema valorização da beleza e da juventude, que afeta mais as mulheres que os homens.

Indiscutivelmente, a vida das mulheres é mais difícil. O grande desafio é saber como lidar com isso para viver de forma menos desgastante.

Nenhum comentário: